domingo, 11 de dezembro de 2011

GLOBALIZAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE - O CURRICULO INTEGRADO.


ELICÉLIA MIRANDA CANGUSSU DIAS
MARIA DE LOURDES MARQUES DA SILVA
SIRLANE FRANCO DE CARVALHO NUNES

Texto de JURJO TORRES SANTOMÉ, Traduzido por Claúdia Schilling 1998.
GLOBALIZAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE – O CURRÍCULO INTEGRADO.
1.    Quais são as vozes ausentes na seleção da cultura escolar, tomando por base sua atuação escolar, leituras e experiências cotidianas.
Em nossas escolas existem vária vozes ausentes:
Em nossa história tivemos assim como na Espanha, um governo repressor que também influencia em nossos currículos, ou seja, neste contempla visões da maioria privilegiada, os interesses políticos estão implícitos em nossas escolas e por essa razão os professores devem rever o seu jeito de educar, pois precisamos formar os jovens para que injustiças vistas no mundo de hoje, possam ser vistos com outros olhos. A cultura brasileira está presente em nossas salas de aulas, mas talvez ainda faltasse um trabalho cultural com respeito ás culturas local sem esquecer que é necessário conhecer as culturas de outros lugares.
Em nossas escolas falta o brincar, não o brincar por brincar, mas necessita que o brincar possibilite refletir e analisar as razões de cada brincadeira, as peculiaridades e os significados dos brinquedos. O currículo não fornece aos alunos um conhecimento amplo da realidade, assim como não permite aos jovens conhecer as diferentes visões e interesse contidos em uma guerra, não permitindo um pensamento critico que forme opiniões. Deste mesmo modo como foi citada acima, a cultura juvenil também é descriminado e as possibilidades que ela poderia oferecer às escolas, se perdem, pois essa cultura pode despertar nos jovens o gosto pela escola. Essas são algumas das vozes que são caladas, podemos relatar ainda o preconceito com as mulheres, onde os homens se acham superior e infelizmente até no profissional é visível no piso salarial; o currículo atual ainda esquece as etnias, das lésbicas e dos homossexuais que são descriminados, às vezes são espancados, faltando no processo escolar uma discussão sobre esses fatos desenvolvendo um pensamento critico e uma consciência social; neste grupo ainda estão inclusos a classe trabalhadora e o mundo das pessoas pobres que o currículo deveria contemplar com uma análise da sociedade, as razões que faz com que isso aconteça e as possíveis formas de resolução; este currículo “deficiente” não parte da realidade local da sociedade a qual ela está inserida, esquecendo-se das diferentes realidades existentes como as pessoas que vivem no meio rural e vive das criações e do plantio.
É preciso que o currículo contemple as realidades para que elas possam ser repensadas, reinventadas, para que os preconceitos sejam rompidos, os conhecimentos sejam construídos, reconstruídos e revisados, visando uma aprendizagem de qualidade e uma sociedade mais justa e “sem preconceitos”.

PLANO DE AULA: Os órgãos dos sentidos.

 Os órgãos dos sentidos.
Por:
SIRLANE FRANCO DE CARVALHO NUNES
SILVANE DOS REIS FRANCO NASCIMENTO

Planejamento de aula
Série: 5º ano.

·         Conteúdo: Os órgãos dos sentidos.

·         Objetivo: Perceber que é através do sistema nervoso que somos capazes de captar e identificar os estímulos nos permitindo compreender o mundo a nossa volta.

·         Metodologia: Conversa informal, experiências, jogos e música.

·         Recursos: Material impresso, papel cartão, tesoura, cola, objetos palpáveis, fenda para os olhos.

·         Avaliação: Através da participação e da observação direta do professor.



Carta sobre o livro “Suzana e o mundo do dinheiro”

Posto da Mata, 14 de janeiro de 2011.

Querida Professora Nalva, gostaria de ressaltar que o Livro “Suzana e o mundo do dinheiro” é de fácil leitura e completa perfeitamente a leitura anterior do Livro “Capitalismo para principiantes”.

Nesta ocasião gostaria de destacar alguns pontos que chamaram a minha atenção e que foram de grande aprendizado.
Suzana uma adolescente um pouco diferente, consegue perceber em meio a tantos mitos, costumes e tradições a verdadeira face do mundo do dinheiro. Sorte dela em ter um avô que saciava todas as suas curiosidades. Suas preocupações com o mundo me comoveram, pois se existissem muitas Suzanas nesse mundo, este, poderia ser diferente.
Tudo no mundo se move em pró do dinheiro, e é por ele que muitos foram presos e até mortos. Suzana consegue ver que cada adulto trabalha muito e ganha pouco, porque são explorados pelos donos do dinheiro, restando assim, pouco tempo para desfrutarem do pouco que recebem isto quando esse pouco dá para as despesas.

Suzana sonha com um futuro melhor, mas sabe que será difícil, pois as lutas anteriores chagaram ao fracasso, mas Suzana sabe que se continuar desta forma o mundo pode entrar em crise novamente e esta poderá mudar a situação econômica em que vivemos hoje.

Suzana procurou saber sobre as multinacionais e transnacionais, ela aprendeu sobre a bolsa de valores, a história, as discriminações no mundo do trabalho, o consumismo e descobriu o porquê de tanta injustiça.
Seria necessário que muitos assim como Suzana percebêssemos e buscássemos as razões pelas quais essas injustiças acontecem. O mundo precisa de pessoas conscientes que reconheçam os seus valores e saibam que são eles que fazem esse mundo ir para frente, que seus saberes e suas ações tem influencia nessa sociedade.
O avô de Suzana, no final do livro lhe apresenta uma possível solução, que seria a diminuição do avanço tecnológico no mundo todo, isso traria melhorias em vários sentido, diminuiria o consumismo, a destruição da natureza, o gasto das empresas em tecnologia e faria do mundo uma sociedade mais igualitária, mas ainda existiriam pessoas com muito e com pouco dinheiro. Sendo assim, concordo com Suzana, não tenho certeza se isso funcionaria. Pois como a avó de Adriana disse: - “Minha filha, enquanto existirem homens que são donos das empresas e outros que nada tem de seu para vender senão sua força de trabalho, o mundo não encontrará nem justiça nem paz”. Mas ainda concordo que se houverem possibilidades, por que não tentar? Toda tentativa de melhoria é válida e devemos buscar as idéias possíveis.
Reconheço que falar em mudança social em um mundo capitalista é algo complicado. Mas sei que não é impossível a conscientização de uma nova sociedade, hoje estou aqui como aluna, aprendendo sobre o capitalismo como nunca aprendi em todo o processo de aprendizagem que tive anteriormente, sei que essa mesma aprendizagem os meus alunos terão e esse processo fará um dia uma sociedade consciente e destinada a fazer um mundo mais justo.

Gostaria de lhe agradecer a oportunidade de compreender um pouco mais sobre a nossa história e de perceber o quanto ela é importante para nós nos dias de hoje, espero que Suzana possa tocar direto ou indiretamente muitas pessoas e as façam despertarem interesses na busca pela verdade e por um mundo melhor.

Atenciosamente,        
Sirlane Franco.

A APRENDIZAGEM COGNITIVA.

A aprendizagem cognitiva é aquela que em cujo processo predomina os elementos de natureza intelectual, tais como a percepção, raciocínio, memória, etc.

 
Fatores determinantes

 
Alguns fatores são imprescindíveis para a aprendizagem, como a percepção, a atenção, o raciocínio, a memória, etc.
Percepção – É a capacidade de perceber os estímulos do meio ambiente, através das experiências, das vivencias anteriores e das necessidades presentes. A percepção leva à aquisição de conhecimentos específicos a respeito dos objetos, pessoas e fatos, diretamente, através da estimulação dos órgãos dos sentidos.
As impressões sensoriais não são tomadas, para resultarem na percepção; o indivíduo recebe, organiza, integra e interpreta as experiências sensório-perceptivas.
Atenção – É a capacidade de selecionar e perceber alguns fatores como intensidade do estimulo, subtaneidade da mudança para a focalização da atenção. Ela é de fundamental importância para a aprendizagem, pois sem ela não conseguimos absorver os aspectos nos estímulos do meio ambiente.
Memória – A memória não é confiável, pois as funções de fixação, retenção e reconhecimento não envolvem os demais processos necessários para a compreensão das citações da realidade vivenciada. A memória colabora para o  exercício das funções do raciocínio e da generalização, faz com que o aprendizado seja assinalado, retido e depois lembrado, evocado ou reconhecido quando aparece no campo da consciência do indivíduo.
A falta de evolução da memória pode ser resultado de uma atitude de defesa contra lembranças de imagens ou de um percepto desagradável ao sujeito.
A aprendizagem varia conforme a natureza da tarefa a ser aprendida.
O «Insight» - É a compreensão, a interpretação total de um problema através da concentração da atenção, da observação, da associação de idéias, juízos, etc. Isso normalmente acontece subitamente, quando o aprendiz analisa e critica sua percepção, ele tende a melhorá-la chegando a compreensão da situação.
Essa aprendizagem é vista como inteligente, interpretativa e integrativa, resultado da compreensão de relações existentes em uma situação problema. Esta serve para na utilização de resoluções de problemas do cotidiano e não é meramente uma memorização e sim um aprendizado verdadeiro.
O Ensaio-e-erro – É a necessidade de se formar várias hipóteses para a solução de uma situação problema, as hipóteses que não são adequadas são eliminadas aos poucos ficando somente a correta. A sua característica é a percepção mais ou menos vaga, ou percepção incompleta das relações entre meios e fins, em uma situação. Essa aprendizagem obedece a objetivos, não é um processo cego, mecânico. É uma aprendizagem direcionada para algum objeto, e cada passo, bem sucedido ou não, é planejado.
CARACTERISTICAS DA APRENDIZAGEM.



Processo Dinâmico – É a aprendizagem de forma ativa por parte do educando, não só no sentido externo físico, mas físico, intelectual, emocional e social. O método de ensino da escola moderna tornou o aprendizado ativo e por essa característica tende a um processo dinâmico.
Processo Continuo – O individuo aprende continuamente, desde o seu nascimento até o fim de sua vida, se deparando com situações que exigem soluções e geram aprendizado. As instituições (escola, família,...) devem atentar para essa aprendizagem, cuidando para que esta não ocorra de forma errada que possa prejudicar seu ajustamento e sua personalidade.
Processo Global ou «Compósito» - É o comportamento global de qualquer indivíduo, ao se deparar com um problema todos os elementos que constitui a personalidade são ativados para que o corpo encontre o equilíbrio emocional e a resolução do problema, que gera aprendizado.
Processo Pessoal – A aprendizagem é intransferível não pode passar de um indivíduo para o outro. Antigamente acreditava que o professor deveria apresentar o conteúdo e que realizado os movimentos necessários, obrigava o aluno a aprender. Hoje o aluno é o centro dessa aprendizagem, pois cada um tem o seu tempo e sua maneira de despertar o cognitivo.
Processo Gradativo – É um processo gradativo e ascendente onde os conhecimentos adquiridos previamente são acrescidos com um novo (Ex: a forma de se organizar o currículo escolar).
Processo Cumulativo – O aprendizado depende da maturidade e dos conhecimentos prévios. Quem constrói um conhecimento, adquire a capacidade de solucionar problemas encontrados no cotidiano, sendo assim, gera uma mudança de comportamento adaptando-se ou integrando-se a sua personalidade ou ao ajuste social.

Inteligências Múltiplas e Educação.

Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia, no curso de pedagogia, da Plataforma Freire, da Universidade do Estado da Bahia, sob a orientação do Professor Isaú Hormino de Matos.

Teixeira de Freitas
2010.

1. Introdução
Em 1900 em Paris – La Belle Epoque, o Psicólogo Alfred Binet, desenvolveu uma medida, denominada teste de QI, com o objetivo de predizer quais crianças teriam sucesso escolar e quais seria um fracasso. Esta veio a ter grande sucesso em pouco tempo ela ficou sendo bastante conhecida e usada por vário órgão, em especial as escolas que podemos defini-las como escola uniforme.
O psicólogo Howard Gardner trouxe uma visão alternativa completamente diferente da escola uniforme que seria a pluralidade da mente. Esta nova visão seria baseada em parte nos achados científicos, que na época de Binet não existia, são elas: A ciência cognitiva e a neurociência, decidindo assim chamar essa teoria de “Inteligências Múltiplas”.
Gardner não questiona se a inteligência é inata ou adquirida, mas observa como elas são formadas. Pois, alguém que sofre um dano cerebral pode ter algumas inteligências afetadas e outras não. Ele observou crianças e adultos que possuíam perfis cognitivos muito irregulares que já mais poderia ser explicado nos termos de uma visão unitária de inteligência. Foi uma observação cuidadosa, que buscou a melhor forma de organizar uma lista com as sete inteligências, as quais ele as considera de igual valor.
Acreditando que essas sete inteligências podem se ajudar e com elas o indivíduo terá capacidade de resolver seus problemas, a escola deveria incentivar, ajudar a ampliar essas inteligências de forma a despertar nas pessoas um maior interesse, sentindo-se engajados e competentes para servir a sociedade de forma construtiva.
Reconhecendo que as pessoas têm inteligências diferentes e em graus diferentes, as escolas deveriam respeitas as diferenças de cada indivíduo e poderiam adotar os “Especialistas em avaliação” que respeitaria os alunos nas suas individualidades e potencialidades combinando cada aluno com o modo de aprendizagem mais confortável para eles.
Preocupando-se com os alunos que não conseguiam obter bons resultados em testes, a escola poderia possuir um “professor mestre” para o treinamento e correção, se necessário, dos demais professores. Procurando sempre identificar os potencias e fraquezas dos alunos, visto que as fraquezas identificadas precocemente poderiam ser corrigidas cuidadosamente usando maneiras de ensino ou de compensar uma área importante de capacidade.
O objetivo é realmente formar uma escola centrada no indivíduo, que realmente venha contra tudo e todos, por esperar uma escola nova e totalmente contrária a uniforme.
O Autor cita ainda, em sua concepção que há três preconceitos em nossa sociedade: O “Ocidentalista”, o “Testista” e o “Melhorista”.
Sendo assim a teoria das Inteligências Múltiplas acredita que pode contribuir e muito para a melhoria e progresso da sociedade.
2. Inteligências Múltiplas e Educação 
2.1. Uma versão aperfeiçoada em co-autoria com Joseph Walters
Em um teste de QI realizado com duas crianças, contatou-se que uma delas obteve um resultado superior a sua idade e a outra com nível médio.
O teste de questões lógicas matemáticas e lingüísticas prediz o sucesso ou não na escola, mas não na vida profissional. Podemos observar as conquistas de atletas, jogadores e músicos, com seus talentos e habilidades os quais não aparecem nos testes de QI.
2.2. O que constitui uma inteligência
Numa visão tradicional a inteligência é definida operacionalmente como a capacidade de responder a itens em testes de inteligência, a partir de testes da capacidade subjacentes a faculdade geral da inteligência, g, é um atributo ou faculdade inata do individuo.
A teoria das IM elaborada a luz das origens biológicas de cada capacidade de resolver problemas e que são universais na espécie humana e deve ser ligada ao estímulo cultural nesse domínio.
Na busca pela seleção das inteligências que teriam raízes biológicas e que fosse valorizada por um ou mais ambiente cultural, foram criados critérios, selecionados como inteligência genuína. As inteligências candidatadas teriam que satisfazer todos ou a maioria deles, estas tidas como teoria, poderia ser refutada e comparada com outras. Sendo que teriam que possuir no nuclear ou um conjunto de operações identificáveis.
A inteligência é ativada ou “desencadeada” por certos tipos de informação interna ou externamente apresentados. Ela também deve possuir a capacidade de ser codificada em um sistema de símbolos, com significado cultural capaz de capturar e transmitir formas importantes de informação. Contudo há a possibilidade que uma inteligência prossiga sem o sistema simbólico concomitante, provavelmente uma das primeiras características humana é a sua atração rumo a essa incorporação.
2.3. Inteligência Musical.
Considerando alguns fatos podemos sugerir que a capacidade musical passa em outros testes para uma inteligência. No processo de perceber e produzir a música, certas partes do cérebro desempenham papeis importantes. Estas estão caracteristicamente localizadas no hemisfério direito, embora ela não seja claramente “localizada” em uma área tão especial.
Apesar da capacidade musical não ser considerada uma capacidade intelectual, ela se qualifica a partir dos critérios das Inteligências Múltiplas. Portanto pela definição ela merece ser considerada uma das IM.
2.4. Inteligência coporal-cinestésica.
No córtex motor com cada hemisférico dominante ou controlador dos movimentos corporais no lado contralateral é encontrado o controle do movimento corporal, sendo que nos destros é localizado no hemisfério esquerdo.
Nos seres humanos a evolução dos movimentos do corpo é ampliada através do uso de ferramentas.
Esta evolução como conhecimento corporal-cinestésico se encontra entre várias culturas, ela satisfaz aos critérios de uma inteligência.
O conhecimento corporal-cinestésico como solucionador de problemas é uma evidencia dos aspectos cognitivos do uso do corpo. As computações específicas necessárias para resolver um determinado problema coporal-cinestésico, bater uma bola de tênis, necessita que o cérebro calcule aproximadamente onde ela Vaira e onde a raquete vai interceptá-la.
“A verdade é que todos aqueles que habitam num corpo humano possuem uma criação notável.” (Gallwey, 1976).
2.5. Inteligência lógico-matemática.
No indivíduo talentoso a resolução do problema é admiravelmente rápida, ele lida com muitas variáveis e cria numerosas hipóteses que são avaliadas, aceitas ou rejeitadas.
Podendo haver também uma desenvoltura natural não verbal da inteligência. A solução de um problema pode ser edificada antes de ser articulado, esse fato acontece mais freqüente com algumas pessoas como ganhadores do prêmio Nobel, isso é interpretado como funcionamento da lógico-matemática. Ela também atende aos critérios das inteligências.
Existem pessoas que podem realizar grandes façanhas de calculo apesar de serem tragicamente deficientes na maioria das outras áreas.
As crianças-prodígio, na matemática, existem em grande quantidade. Esse desenvolvimento foi cuidadosamente documentado por Jean Piaget e outros psicólogos.
2.6. Inteligência Lingüística
Em uma área específica do cérebro, chamada “centro de Broca”, que encontra a responsabilidade de produzir as sentenças gramaticais. Uma pessoa que sofra algum dano nessa área tem dificuldade em untar palavras alem das silabas simples, mas pode compreender bem as palavras e frases, podendo ainda possuir outros processos de pensamento inalterados.
O dom da linguagem é universal e se desenvolve em todas as culturas. Mas na população surda se usam a linguagem manual de sinais, quando ela não é ensinada, a pessoa cria, desenvolve sua linguagem manual particular e a usa secretamente.
2.7. Inteligência espacial.
São os meios de localização, desenvolvidos mentalmente ou até mesmo codificado, como os mapas.
Nos destros o processo lingüístico ocorre no hemisfério direito e se houver um dano a essa área, será algo decisivo, a pessoa poderá não encontrar o seu próprio caminho em volta de um lugar, de reconhecer rostos ou cenas, ou de observar detalhes pequenos. Essa falha poderá numa tentativa ser compensado com estratégias lingüísticas, ele passará a pensar em voz alta, mas a maioria tende ao fracasso.
Os cegos poderão reconhecer formas através do toque, ou seja, o tato. Esse ato, para eles, equivale à modalidade visual de quem enxerga. São raras as crianças-prodígio entre os artistas visuais.
2.8. Inteligência interpessoal
É a capacidade que nos permite perceber as distinções entre os outros, em especial, contrastes em seus estados de animo, temperamento, motivações e intenções. Em estado elevado, ela permite perceber intenções e desejos de outras pessoas, mesmo que elas tentem esconder.
No cérebro os lobos frontais desempenham papel importante neste conhecimento, se houver algum dano no mesmo, poderá provocar alterações na personalidade, no entanto nada sofrerá às formas de resolução problemas, contudo a pessoa “não será a mesma” depois de um dano deste.
A doença de Alzheimer parece prejudicar a zona posterior cerebral de forma bastante feroz, comprometendo as faculdades espaciais, lógicas e lingüísticas. Todavia as pessoas continuam com boa aparência, tem convívio social e se desculpam por seus erros. Já a doença de Pick, provoca uma rápida perda de boas maneiras.
Há evidencia biológica dessa inteligência possui dois fatores exclusivos dos seres humanos: A infância prolongada com a presença da mãe e a capacidade de interagi com a sociedade.
2.9. Inteligência intrapessoal
É a capacidade de olhar para si mesmo o perceber suas emoções, seus sentimentos e poder si entender e se auto-corrigir, aconselhar a si mesmo e se reequilibrar novamente. Ela é de certa forma privada e para ser percebida, necessita da linguagem, da música ou de alguma outra forma de expressar a inteligência para que percebamos em ação.
Os lobos frontais desempenham um papel central na mudança de personalidade, se houver um dano na área inferior dos lobos frontais é bem provável que ocorrerá irritação ou euforia, se esse dano ocorrer na parte mais alta, produzirá indiferença, desatenção e apatia (depressão). Contudo as funções cognitivas normalmente continuam preservadas e o indivíduo não se sente uma pessoa diferente, tende a reconhecer suas necessidades, vontades e desejos, tentando atendê-los da melhor forma possível.
O autista é uma pessoa com a inteligência intrapessoal prejudicada. Mas ela possui as capacidades nos domínios musical, computacional, espacial ou mecânico.
As inteligências, interpessoal e intrapessoal passam no teste de uma inteligência. Cada uma, tenta resolver problemas, a interpessoal entende o outro e busca soluções, melhorando o convívio social. Já a intrapessoal tenta entender a si mesmo e é dificilmente percebida. Ambas representam todas as informações sobre uma pessoa, ao mesmo tempo, é uma invenção que cada um constrói para si mesmo.
2.10.  Inteligência Naturalista
Howard Gardner já definiu mais uma inteligência, a inteligência naturalista.
A Inteligência Naturalista é a capacidade de reconhecer os objetos na natureza, como plantas, animais, rochas. Já se sabe a área específica do cérebro que age quando precisamos dessa habilidade.
Já se sabe a possibilidade de uma nova inteligência que se denomina existência. Essa seria a inteligência que reflete sobre a nossa existência, quem somos de onde viemos, porque morremos. Mas ainda não foi comprovada a área específica do cérebro que age quando a utilizamos.
2.11. As Inteligências Múltiplas e a Escola
As inteligências múltiplas servem como instrumento para auxiliar a escola a alcançar seus objetivos. Precisamos desenvolver as inteligências de cada criança e usá-las para alcançar os objetivos, cada um possui a sua inteligência e utilizá-la torna o trabalho mais satisfatório e fácil de assimilar o que se pretende.
As Inteligências Múltiplas, não eram para mudar a escola mas para ser objeto de uso, podemos reduzir a quantidade de conteúdos para que o aluno não se canse e que seja possível trabalhá-los de oito formas diferentes.
As escolas que começaram a utilizar a IM às vezes se preocupam demais em rotulá-los (identificar qual IM a criança tem tendência) ao invés de observarem que todos possuem a capacidade de desenvolver todas as IM. Seria adequado reduzir o currículo para alguns tópicos importantes, por meio de quais as inteligências poderão ser desenvolvidas.
A preocupação de Gardner é em desenvolver as IM das crianças sem se preocupar com certos de inteligências.
Gardner acredita no sucesso escolar, pois ao mesmo tempo em que o aprendizado do aluno aumenta os professores também desenvolvem suas próprias inteligências. Ele defende o valor dos seminários e a discussão (reunião) entre professores para analisar, observar e sugerir soluções diante de uma determinada atividade e do desempenho ao qual o aluno alcançou ou não.
Os pais devem participar o máximo possível das atividades das crianças, dessa forma eles poderão identificar o perfil de inteligência da criança. Esses devem evitar serem ditadores, devem permitir que as crianças despertem o seu próprio interesse e ajudá-las a alcançar o que deseja.
2.12. Partindo de Gardner, Nilson apresenta sua proposta
Nilson José Machado, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), encontrou por acaso o livro de Gardner numa livraria em 1993, quando nenhum livro de Gardner tinha sido traduzido para o português.
Nilson estudou o livro por um ano, e depois de muita reflexão ele propôs o uso da teoria em sala de aula. Ao observar os alunos em sala, Nilson sugeriu outra inteligência, a pictorial, que é a capacidade de desenhar. Esta ocorre antes mesmo da lingüística e da lógico – matemática, mas depois que as crianças as alcançam, o desenho é esquecido pela escola.
Nilson não se preocupa com a quantidade de inteligências, mas como a criança será avaliada, pois essa avaliação deve ser feita em todas as suas capacidades e não somente em duas.
3. Considerações finais
Concluímos que a teoria das Inteligências Múltiplas veio para colaborar e jogar por terra o mito de que o teste de QI é capaz de medir a inteligência, pois o mesmo se limita a medir as capacidades lingüística e lógico – matemática.
Sabemos que todos possuem as IM e temos a capacidade de desenvolvê-las e que a escola, família devem estar atentas a esses sinais para que a criança possa se tornar um adulto realizado e satisfeito em suas capacidades.
AS IM são identificadas e formuladas utilizando critérios e características diversas, um ponto dos mais importantes é a identificação da parte do cérebro que atua no momento que precisamos e usamos essas faculdades.
Já foram descobertas oito inteligências e há uma idéia de mais outras duas, e ainda poderá haver muito mais, os estudiosos podem continuar a observar e descobrir novas Inteligências.
4. Referencias
GARDNER, Howarf. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Artmed. Porto Alegre, 2000.
Revista Nova Escola. O Guru das Inteligências múltiplas. Setembro 1997.

A ESCOLA E AS QUESTÕES SOCIAIS.


Trabalho apresentado à disciplina da Pesquisa Cientifica, no curso de pedagogia, da Plataforma Freire - PARFOR, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, sob a orientação da Professora Cristina Freitas.


 
Teixeira de Freitas
2010.

 
Ninguém nasce feito, é experimentando-nos no mundo que nós nos fazemos

 
1.    INTRODUÇÃO
Diante das situações vividas em sala de aula e em nossa sociedade, percebemos a necessidade da inclusão dos Temas Transversais em nossas escolas.
O professor como mediador, deve tornar se um agente da cidadania, conhecer direito e deveres e transmiti-los aos alunos, mas não de forma ditador, com o uso da democracia, do debate, do uso do raciocínio, levando o aluno pensar e construir seus próprios valores e princípios.
O social abrange a todos e necessita da participação de todos, da comunidade, das instituições e de toda a escola. Trabalhar o social requer convívio social, um olhar crítico que nos permiti tornarmos seres capazes de transformar mundos.

 
2.    A ESCOLA E AS QUESTÕES SOCIAIS.
Incluir Temas Transversais requer uma tomada de posição perante as dificuldades fundamentais e indispensáveis da vida social.

 
2.1 VALORES E ATITUDES NA ESCOLA.
Os professores necessitam refletir sobre a natureza e a aprendizagem para passar aos seus alunos a capacidade de refletir e questionar normas e valores. Isso se trata em uma dimensão social e pessoal que envolve cognição e afeto que formam a conduta.
Normas e regras orientam padrões e condutas que serão compartilhados por pessoas de um grupo. Valores orientam ações que possibilitam uma análise crítico. Podendo haver conflitos pelas várias visões de se entender o mundo.
Para Brasil (2001) existem valores e atitudes que dizem respeito aos conteúdos específicos das diferentes áreas (como, por exemplo, a valorização da literatura regional brasileira no tratamento de Língua Portuguesa), cuja aprendizagem acontece simultaneamente à dos conceitos e procedimentos daquelas áreas, por meio de atividades sistematizadas e planejadas.
A pedagogia explora pouco os valores e as atitudes. Para despertar uma atitude é importante ensinar algo e as suas conseqüências.
Alguns fatores culturais interferem na relação informação-mudança de atitude.  Mas não deve descartar os valores culturais, mas deve servir como ponto de partida para as reflexões.
Os conceitos e procedimentos mobilizam afetos dos alunos e professores, daí a importância de levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos.
A atitude é um processo não-linear, ou seja, uma ação não vai determinar a personalidade do sujeito.
Encontramos um desafio na relação interpessoal, colocar-se no lugar do outro para entender suas ações e idéias, essa ação pode levar o indivíduo a desenvolver a solidariedade.
Ensinar valores não implica em disciplinar os alunos, mas intervir no desenvolvimento das atitudes. É necessário cuidado e atenção para entender seus comportamentos nos desenvolvimento moral e social.

 
2.2 A AUTONOMIA NA CONSTRUÇÃO DE VALORES.
A autonomia não existe em sua totalidade, o sujeito não pode ser um ser único isolado, mas desenvolve a sua autonomia num contexto social e, portanto realiza um processo coletivo que gera uma relação de poder não autoritária.
Segundo Brasil (2001), “a dimensão ética da democracia consiste na afirmação daqueles valores que garantem a todos o direito a ter direito, é preciso fazer uma distinção entre afirmação e imposição de valores.”
A imposição fere a democracia da liberdade, obrigando o sujeito a ter bons comportamentos enquanto é observado por forças externas. É em sua totalidade contrária a perspectiva da autonomia ao construir valores e atitudes.
Para se desenvolver valores, é necessário ter um amplo conhecimento dos mesmos, ter a oportunidade de conhecê-los, vivenciá-los e criticá-los, para poder formar seu próprio conceito.
Ao transmitir valores o professor deve demonstrar aos alunos os valores e a intenção de ensiná-los. Em sua pedagogia, deve-se permitir momentos de discussão, pois os alunos não devem aceitar tudo como é colocado, mas devem questionar e formar os seus valores próprios. Não podemos esquecer que essas discussões podem gerar conflitos, pois estes são próprios do processo democrático, e é o que os fazem crescer.
Esse tipo de pedagogia deve ser usado de forma responsável, que facilite o aprendizado, valorizando a participação e mostrando que as opiniões dadas por eles têm um real valor.
A autoridade dos educadores não é ferida ao dar a oportunidade de discutir e reformular valores, todavia é nela que se apóia a garantia de deveres e direitos no contexto escolar. Esse processo até alcançar a autonomia e permitir ao educando a capacidade de agir segundo seu próprio juízo é longo e necessita da autoridade dos adultos na sua orientação. Essa autoridade deve ser construída durante o processo, quando o professor sabe se colocar diante dos problemas com responsabilidade, justiça e com base nos valores que se pretende ensinar.

 
2.3 MATERIAIS DIDÁTICOS.
O material didático, encontrado nas salas de aula demonstra valores e concepções a cerca de um objeto. É de fundamental importância que esses valores sejam estudados e analisados no seu contexto histórico, cultural e social.
O estudo de outras fontes como jornais, revistas, podem enriquecer o estudo sobre valores e papéis sociais. Esse discurso em classe, rebatendo-o com outras probabilidades e contextualizando-os historicamente, culturalmente e socialmente, ajudará a confirmar os valores que expressam, apontando as maneiras como o pratica.
De acordo com Brasil (2001):
Isso é mais interessante do que simplesmente rejeitá-los quando negativos, porque favorece o desenvolvimento da capacidade de analisá-los criticamente, de tal forma que os alunos, na medida de suas possibilidades e cada vez mais, os compreendam, percebam sua presença na sociedade e façam escolhas pessoais e conscientes a respeito dos valores que elegem para si.

 
2.4 AÇÕES QUE GERAM APREDIZAGEM.
O ensino e a aprendizagem de procedimentos merecem a atenção dos educadores. Eles são conteúdos que requer uma série de ações planejadas e ordenadas.
Ao produzirmos um jornal ou estudarmos o meio ambiente, poderemos elaborar ações que trará o aprendizado e este será aperfeiçoado ao longo dos anos, pois a medida que se exerce a prática com a colaboração do professor, o aluno  constrói o seu próprio conhecimento e futuramente, serão capazes de elaborar e agir por si mesmo.
É importante ressaltar que:
A inclusão de tais conteúdos permite, portanto, tomar a prática como objeto de aprendizagem, o que contribui com o desenvolvimento da potencialidade e da competência dos alunos, condições necessárias à participação ativa, propositiva e transformadora, como requer a concepção de cidadania em que se baseiam estes Parâmetros Curriculares Nacionais. (BRASIL, 2001).

2.5 ENSINO E PRÁTICA PRECISAM ANDAR DE MÃOS DADAS.
É a relação de todos na escola, dentro ou fora da sala de aula. Não podemos ensinar algo se não agimos de acordo com o que ensinamos e essas ações devem envolver a todos na escola. As nossas ações precisam proporcionar aos alunos a participação, o convívio e principalmente ser um exemplo capaz de formar suas praticas.
Sabemos que muitas vezes essas medidas estão fora do alcance do educador, contudo temos o conhecimento que existem outras que estarão dentro das possibilidades. Devendo o professor, na segunda situação, mobilizar toda a escola, a direção terá o compromisso de colaborar, os pais se farão essenciais e todos precisarão conhecer os objetivos a serem alcançados.
Brasil (2001) alega que para os professores polivalentes de primeiro e segundo ciclos, essas situações serão especialmente valiosas para que possam definir a forma de trabalhar com os Temas Transversais a partir da realidade de cada um e dentro das possibilidades da escola. Para os professores das diversas áreas, de terceiro e quarto ciclos, essas situações serão fundamentais para que possam coordenar a ação de cada um e de todos em torno do trabalho conjunto com os Temas Transversais.

 
2.6 INTERAÇÃO ESCOLA X SOCIEDADE.
É de grande valia a interação com instituições, pois estabelece um vinculo com a realidade a qual se está trabalhando. Estas instituições devem ter compromisso com as questões apresentadas pelos temas transversais e desenvolver atividades de interesse para o trabalho educativo. Desta maneira permite uma interação sócio-cultural, resgatando no recinto escolar a produção coletiva do conhecimento e da realidade.

 
2.7 EDUCADOR E AO MESMO TEMPO UM CIDADÃO.
No compromisso de se trabalhar questões sociais na perspectiva da cidadania, o professor deve se colocar na situação de cidadão. Conhecer seus direitos e deveres, formando-se sujeito crítico, tornando-se agente da cidadania e profissionais valorizados.
É tradição da educação brasileira não incluir matérias que tratem de questões sociais e políticas. Sabemos da necessidade de formação dos docentes, mas Não significa necessariamente que o professor somente depois de formado comece a trabalhar essas situações com os seus alunos, todavia é possível trabalhar o dialogo, o pensamento critico nas questões sociais e políticas, reforçando valores e princípios, isso se torna significativamente um início das mudanças que podem e devem ocorrer na educação.
O professor sabe que a escola é um lugar de relação e co-relação entre professor, aluno, família, escola e estado. É o lugar de criar e recriar, possibilitar a construção da autonomia, reconhecendo-se como profissionais capazes de se transformar e serem agentes transformadores.
3.    CONSIDERAÇÕES FINAIS.
É certo que se faz necessário a formação do professor, mas percebemos que mais necessário ainda é a formação do cidadão, pessoas conhecedoras de seus direitos e deveres, cidadão critico, capaz de formar suas próprias idéias, pensar por si só e ser capaz de julgar os seus próprios atos, construindo valores e princípios que farão parte da sua vida e a diferença no convívio social e política.
É triste, mas é fato, nossas escolas não possuem componentes curriculares que visam a formação social e política. No entanto acredito que sempre, direto ou indiretamente a escola tem contribuindo de maneira favorável e marcante para a construção de uma sociedade melhor e mais justa.
A parceria entre escola, comunidade e instituições, quando estas estão de acordo com os Temas Transversais, só têm a contribuir e “enriquecer” ambas as partes.
Pude perceber que as vezes podemos fazer muito mais do que pensamos, só necessitamos de um auxílio ou até mesmo um olhar critico sobre o que estamos fazendo. E sinceramente, essa é uma das tarefas mais difíceis de se concretizar, perceber onde e quando erramos, para termos a oportunidade e a capacidade de corrigir.

4.    REFERENCIAS.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Currículos Nacionais; Apresentação dos Temas Transversais e Ética. Brasília. Mec, 2001.
SIRLANE FRANCO DE CARVALHO NUNES.
SILVANE DOS REIS FRANCO NASCIMENTO

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação. São Paulo. Brasiliense, 1996.


 
Sirlane Franco de Carvalho Nunes*
Carlos Rodrigues Brandão possui licenciatura em psicologia pela PUC/RJ. Mestrado em comunicação e em antropologia social pela Universidade de Brasília, doutorado em ciências sociais pela USP, livre-docente em antropologia do simbolismo pela Unicamp. Pós-doutorado nas Universidades de Perugia e Santiago de Compotela. Atua na área de Antropologia com ênfase em Antropologia Rural, Antropologia da Religião e Antropologia e Ambiente. Atualmente é pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Ação Comunitária da Universidade de Uberaba, Minas Gerais. Exerce função de diretor do Centro de Estudos de Agricultura - Ceres, do IFCH da Unicamp, e leciona no curso de doutoramento em Saúde Mental Comunitária, da Universidade Veracruzana do México. Pesquisador do CNPq e consultor, em vários projetos, da Fapesp e Anpocs, tem mais de oitenta obras publicadas. 
 
Carlos Rodrigues Brandão nos deixa claro que não existe somente uma educação e tão pouco só um educador, a educação existe em todos os lugares e em todos os momentos, aprendemos com o professor, a família, os amigos, a sociedade e até com o meio.
Cada povo, cada cultura, possui a sua educação e se não olharmos com outros olhos, poderemos ao invés de educarmos, deseducarmos.
Será mesmo que existe somente uma educação? Um único modelo de educar? Que o professor é o único possuidor do saber? Devemos refletir. Olharmos para o passado e nos perguntarmos: Como nossos antepassados aprenderam? Pois, educação escolar naquela época era para poucos e, no entanto todos eles souberam o suficiente para sobreviverem.
Precisamos conhecer outros mundos, outros lugares, como uma aldeia indígena, será que a nossa educação é a deles? Será que nós sabemos o que eles sabem? Cada um tem os seus saberes, saberes esses que são suficientes e necessários para a sobrevivência de cada um no seu mundo.
Buscamos lá no fundo, as diferentes educações e às vezes, onde muitas vezes não acreditamos que ele está ela se faz presente, e se soubermos ver, veremos muito mais do que os olhos podem ver.
Partimos de uma carta indígena, onde o “branco”, num tratado de paz, julga-se sábio e oferece gentilmente suas salas de aula, mas para o índio isso nada serve, pois o homem branco, não ensina caçar, pescar, correr e até suportar a fome e o frio. Sendo assim, agradece e num ato de troca se oferece para fazê-los “homens”.
Sabemos que a educação é capaz de formar pessoas melhore, mundos melhores, mas sabemos que essa mesma educação também é usada pra a desigualdade social.
O texto estudado foi elaborado de forma fácil de ser compreendido e de ser estudado, pois o texto não expõe o assunto de forma complicada e não se faz necessário um entendimento prévio, pois ele é claro e o mais interessante é que ele faz uma análise detalhada e histórica, sobre o tema estudado. 
Concluímos que a educação existe na imaginação de todos nós, de todos os povos, e esta serve para transformar o mundo em um lugar melhor, de acordo, com o ponto de vista de cada um. Mas, chamamos a atenção para essa “educação”, que poderá fazer o oposto do que pensamos ou do que inventamos que somos capazes de fazer, “portanto, totalmente inúteis”.
Admiramos o texto ao valorizar a sabedoria do índio em redigir aquela carta. A busca em conhecermos outros mundos, outros saberes e os esforços para compreendê-los, faz-nos, vermos as nossas igualdades em nossas diferenças. Somos todos humanos, buscamos os mesmos objetivos, sabedoria para vivermos em nossos mundos, para resolvermos nossos problemas, nas nossas diferenças somos iguais e devemos respeito mútuo.
Educação? Educações? Educações. Para onde olharmos, veremos algum tipo de aprendizado, agora, aqui, neste momento, neste texto; com certeza estamos aprendendo.
A sociedade, os pais, os educadores, governantes e por que não, os indígenas, todos deviam ter acesso a esse texto e refletirmos, pois educação sou eu, você, eles, o meio, em fim, o mundo, tudo e todos estamos envolvidos com o ato de aprender e ensinar.
* Acadêmica do curso de Pedagogia, na Universidade do Estado da Bahia – UNEB, pela Plataforma Freire – PARFOR.