domingo, 11 de dezembro de 2011

A ARTE DE PRODUZIR FOME

Sirlane Franco de Carvalho Nunes*.
O texto de Rubens Alves compara o aprendizado com a fome, deixando bem clara a necessidade que temos em sentir o desejo de ter o aprendizado da mesma maneira que sentimos vontade de comer.
Os professores, os pais, muitas vezes cometem equívocos, em saciar essa fome antes mesmo dela ser provocada. a necessidade faz com que nossa mente funcione, pense em uma solução para as necessidades existentes.
É papel do professor, incentivar essa fome, essa curiosidade, a necessidade de chegar a algo, de buscar, de ir além do que se tem. Diante desse fato, o texto compara esse ambiente com uma cozinha, a qual seja possível despertar nas pessoas a fome, pois através dela, não interessa como, o indivíduo busca um meio de conseguir aquilo que necessita, e dessa forma utiliza a memória, pensa, e esse pensar gera o aprendizado.
O amor é um elemento essencial na caminhada do aprendizado, este não fornece tudo pronto, limita e da liberdade ao indivíduo, permitindo-lhe, espaço suficiente para pensar e refletir sobre essa “fome”.
O autor deixa bem claro o quanto é essencial essa fome, pois sem fome a alimentação é forçada e pode induzir ao vômito, se for alimentada quando há fome, esta o saciará e permanecerá em seu estomago. Da mesma forma é a aprendizagem, quando forçada é esquecida, mas se for buscada, ficará para sempre com o indivíduo. Sabendo de tudo isso, fica clara a necessidade desse saber, pois de nada adianta ensinar um pescador, que só tem o mar como única fonte de renda, o oficio de sapateiro, ele poderá até, se desejar, mudar de profissão, no entretanto será muito difícil e não despertará nenhum tipo de interesse nesse aprendizado. Se o aprendizado trouxer consigo as dificuldades, uma maneira mais fácil ou melhor de se pescar, com certeza o pescador irá absorver todo o conhecimento possível, pois faz se presente a sua fome, sua vontade de aprender.
Diante de tudo que tenho visto e estudado durante esse último ano, percebo que esse texto diz toda a verdade, pois não conseguimos aprender se não houver interesse de nossa parte. No entanto, percebo que é uma grande responsabilidade e um enorme desafio para o professor, despertar essa “fome” nos alunos, mesmo assim seremos felizes somente em termos a consciência de que adquirimos saberes e estes, serão no mínimo transmitidos aos nossos alunos, com certeza não chegará a sua plenitude, mas será muito satisfatório se um pouco desse aprendizado for passado às futuras gerações.
* Acadêmica do curso de Pedagogia, na Universidade do Estado da Bahia – UNEB, pela Plataforma Freire – PARFOR.

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