domingo, 11 de dezembro de 2011

GLOBALIZAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE - O CURRICULO INTEGRADO.


ELICÉLIA MIRANDA CANGUSSU DIAS
MARIA DE LOURDES MARQUES DA SILVA
SIRLANE FRANCO DE CARVALHO NUNES

Texto de JURJO TORRES SANTOMÉ, Traduzido por Claúdia Schilling 1998.
GLOBALIZAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE – O CURRÍCULO INTEGRADO.
1.    Quais são as vozes ausentes na seleção da cultura escolar, tomando por base sua atuação escolar, leituras e experiências cotidianas.
Em nossas escolas existem vária vozes ausentes:
Em nossa história tivemos assim como na Espanha, um governo repressor que também influencia em nossos currículos, ou seja, neste contempla visões da maioria privilegiada, os interesses políticos estão implícitos em nossas escolas e por essa razão os professores devem rever o seu jeito de educar, pois precisamos formar os jovens para que injustiças vistas no mundo de hoje, possam ser vistos com outros olhos. A cultura brasileira está presente em nossas salas de aulas, mas talvez ainda faltasse um trabalho cultural com respeito ás culturas local sem esquecer que é necessário conhecer as culturas de outros lugares.
Em nossas escolas falta o brincar, não o brincar por brincar, mas necessita que o brincar possibilite refletir e analisar as razões de cada brincadeira, as peculiaridades e os significados dos brinquedos. O currículo não fornece aos alunos um conhecimento amplo da realidade, assim como não permite aos jovens conhecer as diferentes visões e interesse contidos em uma guerra, não permitindo um pensamento critico que forme opiniões. Deste mesmo modo como foi citada acima, a cultura juvenil também é descriminado e as possibilidades que ela poderia oferecer às escolas, se perdem, pois essa cultura pode despertar nos jovens o gosto pela escola. Essas são algumas das vozes que são caladas, podemos relatar ainda o preconceito com as mulheres, onde os homens se acham superior e infelizmente até no profissional é visível no piso salarial; o currículo atual ainda esquece as etnias, das lésbicas e dos homossexuais que são descriminados, às vezes são espancados, faltando no processo escolar uma discussão sobre esses fatos desenvolvendo um pensamento critico e uma consciência social; neste grupo ainda estão inclusos a classe trabalhadora e o mundo das pessoas pobres que o currículo deveria contemplar com uma análise da sociedade, as razões que faz com que isso aconteça e as possíveis formas de resolução; este currículo “deficiente” não parte da realidade local da sociedade a qual ela está inserida, esquecendo-se das diferentes realidades existentes como as pessoas que vivem no meio rural e vive das criações e do plantio.
É preciso que o currículo contemple as realidades para que elas possam ser repensadas, reinventadas, para que os preconceitos sejam rompidos, os conhecimentos sejam construídos, reconstruídos e revisados, visando uma aprendizagem de qualidade e uma sociedade mais justa e “sem preconceitos”.

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