domingo, 11 de dezembro de 2011

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação. São Paulo. Brasiliense, 1996.


 
Sirlane Franco de Carvalho Nunes*
Carlos Rodrigues Brandão possui licenciatura em psicologia pela PUC/RJ. Mestrado em comunicação e em antropologia social pela Universidade de Brasília, doutorado em ciências sociais pela USP, livre-docente em antropologia do simbolismo pela Unicamp. Pós-doutorado nas Universidades de Perugia e Santiago de Compotela. Atua na área de Antropologia com ênfase em Antropologia Rural, Antropologia da Religião e Antropologia e Ambiente. Atualmente é pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Ação Comunitária da Universidade de Uberaba, Minas Gerais. Exerce função de diretor do Centro de Estudos de Agricultura - Ceres, do IFCH da Unicamp, e leciona no curso de doutoramento em Saúde Mental Comunitária, da Universidade Veracruzana do México. Pesquisador do CNPq e consultor, em vários projetos, da Fapesp e Anpocs, tem mais de oitenta obras publicadas. 
 
Carlos Rodrigues Brandão nos deixa claro que não existe somente uma educação e tão pouco só um educador, a educação existe em todos os lugares e em todos os momentos, aprendemos com o professor, a família, os amigos, a sociedade e até com o meio.
Cada povo, cada cultura, possui a sua educação e se não olharmos com outros olhos, poderemos ao invés de educarmos, deseducarmos.
Será mesmo que existe somente uma educação? Um único modelo de educar? Que o professor é o único possuidor do saber? Devemos refletir. Olharmos para o passado e nos perguntarmos: Como nossos antepassados aprenderam? Pois, educação escolar naquela época era para poucos e, no entanto todos eles souberam o suficiente para sobreviverem.
Precisamos conhecer outros mundos, outros lugares, como uma aldeia indígena, será que a nossa educação é a deles? Será que nós sabemos o que eles sabem? Cada um tem os seus saberes, saberes esses que são suficientes e necessários para a sobrevivência de cada um no seu mundo.
Buscamos lá no fundo, as diferentes educações e às vezes, onde muitas vezes não acreditamos que ele está ela se faz presente, e se soubermos ver, veremos muito mais do que os olhos podem ver.
Partimos de uma carta indígena, onde o “branco”, num tratado de paz, julga-se sábio e oferece gentilmente suas salas de aula, mas para o índio isso nada serve, pois o homem branco, não ensina caçar, pescar, correr e até suportar a fome e o frio. Sendo assim, agradece e num ato de troca se oferece para fazê-los “homens”.
Sabemos que a educação é capaz de formar pessoas melhore, mundos melhores, mas sabemos que essa mesma educação também é usada pra a desigualdade social.
O texto estudado foi elaborado de forma fácil de ser compreendido e de ser estudado, pois o texto não expõe o assunto de forma complicada e não se faz necessário um entendimento prévio, pois ele é claro e o mais interessante é que ele faz uma análise detalhada e histórica, sobre o tema estudado. 
Concluímos que a educação existe na imaginação de todos nós, de todos os povos, e esta serve para transformar o mundo em um lugar melhor, de acordo, com o ponto de vista de cada um. Mas, chamamos a atenção para essa “educação”, que poderá fazer o oposto do que pensamos ou do que inventamos que somos capazes de fazer, “portanto, totalmente inúteis”.
Admiramos o texto ao valorizar a sabedoria do índio em redigir aquela carta. A busca em conhecermos outros mundos, outros saberes e os esforços para compreendê-los, faz-nos, vermos as nossas igualdades em nossas diferenças. Somos todos humanos, buscamos os mesmos objetivos, sabedoria para vivermos em nossos mundos, para resolvermos nossos problemas, nas nossas diferenças somos iguais e devemos respeito mútuo.
Educação? Educações? Educações. Para onde olharmos, veremos algum tipo de aprendizado, agora, aqui, neste momento, neste texto; com certeza estamos aprendendo.
A sociedade, os pais, os educadores, governantes e por que não, os indígenas, todos deviam ter acesso a esse texto e refletirmos, pois educação sou eu, você, eles, o meio, em fim, o mundo, tudo e todos estamos envolvidos com o ato de aprender e ensinar.
* Acadêmica do curso de Pedagogia, na Universidade do Estado da Bahia – UNEB, pela Plataforma Freire – PARFOR.

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